Sobre ser mãe e mamífera

Mamíferas com crias recém paridas tem sua audição muito potencializada. É preciso ouvir os predadores à distância! Pouco importa se você é loba, cadela, leoa ou uma reles advogada.
É femêa e pronto: seus ouvidos foram promovidos aos da mulher biônica.
O fato de já terem inventado a babá eletrônica não mudou em nada essa sutileza do instinto de preservação da espécie.
Daí, em pleno século XXI gen

te escuta o resmungo do filhote a metros e metros; o barulho do ar condicionado parece uma usina elétrica a todo vapor; o latido dos cachorros vira rugido de leão, e o ronco marital é multiplicado por 100.000 decibéis!
Mais um motivo para a gente não conseguir dormir e ficar igual figurante de Thriller do Michael Jackson durante o dia!
Haja corretivo!
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Não tenho problemas com o verbo SER.
Beirando os 40 anos já convivo com os defeitos e curto as qualidades.
Tenho problemas com o TER e o FAZER.
Especificamente quando conjugados juntos na mesma frase: TER que FAZER tanta coisa!

Gostaria de conjugar mais vezes o verbo DELEGAR, porém nem sempre localizo o objeto da oração.

Já o F**ER é frequente, sempre acho o sujeito!!134467521

Delícia de ler…

blog da silmara franco

“Vou seguir o chamado

E onde é que vai dar, onde é que vai dar

Não sei”

Eu sei, Marina. Eu sei onde vai dar. Se eu seguir o chamado, vou encontrar um filho. Porque na vida da mulher que é mãe não há nada que a chame mais do que filho. Há de ser uma espécie de resgate, uma compensação pelo útero abandonado tão cedo – ainda que de livre e espontânea vontade.

Os motivos para um chamado de filho são amplos, gerais e irrestritos. No meu caso, tenho dois ex-inquilinos umbilicais lindos, que me evocam a cada dois minutos e meio: para ver a lagartixa esquartejada que eles encontraram no jardim, ver como ele anda de ré e o que ela sabe fazer com a colher de pau, ver a propaganda do brinquedo novo, vê-los pular na piscina – de frente, de costas, girando, de olhos abertos, de…

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Sobre ser mãe e enquantos

A fase materna de uma mulher é sub dividida em “enquantos” :
Enquanto um filho dorme, você dá banho no outro.
Enquanto dirige até a escola, você conta estórias.
Enquanto almoça, você assiste backyardigans e pesquisa preço de fralda no buscapé.
Enquanto brinca, você aproveita para por um pouco de ordem nos brinquedos.
Enquanto faz xixi, você aproveita para lixar as unhas.
Enquanto faz cafuné no pequeno, aproveita para postar essas besteirinhas por aqui.
São enquantos, entretantos e muitos encantos!

Sobre a Dora e a chupeta – Dica do que não fazer

Influenciada por um modismo clean simplista moderninho comprei as chupetas da Dora. Todas transparentes. Assim ela ficaria mais style já que eu acho que chupeta é ótemo: que os dentes a gente arruma mas a sanidade materna é uma só –  frágil que só –  irrecuperável. Foi uma péssima ideia! Das piores! Chupetas transparentes se tornam invisíveis quando você mais precisa delas e são abduzidas durante a madrugada. Impossível de achar antes do choro migrar do resmungo para o totalmente descontrolado. E aí a sanidade materna… já foi pro espaço! Por isso, se você um dia for comprar chupetas lembre-se desse post: quanto mais bregas, com mil cores, melhor! Se forem fluorescentes então: não importa o preço!

Chupeta-Ref.2524

Sobre o Heitor e o careca

Faz um tempo mudaram o porteiro da escola do Heitor.
O novato chama-se Sidnei e é sósia do Kojak.
O Heitor – que nunca tinha visto um careca antes – lançou a pergunta: o que aconteceu com o seu cabelo???
Eu tomei a frente e aproveitei a brecha: ele não deixava a mamãe dele lavar o cabelo dele direitinho com shampoo!!

O Heitor ficou boquiaberto e nunca mais houve choro no banho lá em casa…

careca

Sobre o sono

Numa dessas madrugadas, quando a babá eletrônica disparou com o choro da Dora: eu tive uma visão!
Entrando no céu, a esquerda logo após o Portal, há uma cama. Não é uma cama qualquer. É uma tamanho king mega size, com lençóis do mais puro algodão egípcio, trançado por anciãs cegas. Banhados por uma doce brisa refrescante, os anjos tocam cantigas de ninar em suas harpas encantadas… Lá as mães descansam em paz, longe do choro infantil e do ronco marital!

ceu

Sobre ser mãe

Eu era militante ativa do parto normal: tive duas cesárias.
Era defensora ferrenha da amamentação exclusiva, minha filha chorava horrores de fome e tive que dar fórmula.
Fiz dois cursos de Shantala, a Dora detesta, nem me atrevo a tentar de novo.
Maternidade é adaptação recheada com aceitação com cobertura de frustração! 
E a vida segue, como tem que ser!

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